Essa dieta ainda é considerada polêmica e controversa. Saiba quais os riscos, benefícios e por que é importante contar com o acompanhamento de um especialista
Uma das dietas que estão em alta atualmente é a chamada jejum intermitente, que consiste em passar longas horas (ou dias) sem comer. A promessa é de perda de tempo rápida, mas para que os resultados sejam realmente alcançados — de maneira segura —, é preciso contar com a orientação de um especialista, um médico de jejum intermitente, que é aquele que tem especialização em endocrinologia e nutrologia.
O que é o jejum intermitente?
A proposta do jejum intermitente consiste em passar um período sem ingerir nenhum tipo de alimento. Esse período pode variar de 12 a 36 horas. Há diferentes formas de seguir essa dieta, mas, em geral, normalmente divide-se as horas ou os dias da semana entre períodos em que a pessoa se alimenta (chamados de “janelas de alimentação”) e períodos de jejum ou de extrema restrição alimentar.
Basicamente existem três maneiras de fazer o jejum intermitente, mas independentemente de qual delas seja escolhida, ela deve ser orientada por um médico de jejum intermitente.
- Método 16 por 8: os homens devem fazer jejum de 16 horas, com janela de alimentação de 8 horas. As mulheres, por sua vez, devem ficar em jejum por 14 horas e se alimentar durante um período de 10 horas. Durante o jejum, é permitido apenas o consumo de água, chá e café sem açúcar;
- Dieta do Guerreiro: consiste em um jejum parcial de 20 horas (incluindo as horas de sono) e uma janela de alimentação de apenas quatro horas, quando é feita uma única refeição bem reforçada. Durante o jejum, é permitido consumir algumas frutas e vegetais crus;
- Dieta 5 por 2: o jejum intermitente é realizado duas vezes na semana. Mas não é um jejum absoluto. Durante as 24 horas em jejum, é permitido comer 500 calorias (mulheres) ou 600 calorias (homens). Nos outros 5 dias restantes, a pessoa se alimenta normalmente;
- Comer, Parar, Comer: consiste em fazer 24 horas de jejum uma ou duas vezes por semana, sendo permitido consumir apenas líquidos sem açúcar durante o período de restrição.
Riscos e benefícios do jejum intermitente
Esse tipo de dieta gera controvérsias. Passar tantas horas sem comer realmente leva a uma perda de peso, mas será que não há riscos nessa privação de alimentação? Além disso, existe a possibilidade de a pessoa ter o chamado efeito sanfona, ou seja, ao retomar os hábitos alimentares antigos, ela recupera o peso ainda mais rápido. De acordo com especialistas, o jejum intermitente traz diversos benefícios, comprovados em estudos científicos.
Alguns deles mostram que o jejum intermitente tem relação com o aumento de antioxidantes no organismo, induzindo o emagrecimento e a diminuição dos processos inflamatórios, além de reduzir e controlar os níveis de colesterol bom (HDL) e glicose na corrente sanguínea.
Porém, a prática pode desequilibrar a saúde física, social e mental, por isso é importante que seja acompanhada por um médico de jejum intermitente. A privação de comida por muitas horas e a redução de carboidratos pode gerar fome exagerada, mau humor e irritabilidade, associadas à compulsão alimentar a curto, médio ou longo prazo.
Além disso, a ausência de nutrientes, a longo prazo, pode acarretar alterações importantes ao organismo, como queda ou enfraquecimento do cabelo, constipação intestinal, osteoporose, anemia, desidratação, atividade mental comprometida e dificuldade de concentração.
Vale lembrar que o jejum intermitente não é indicado para:
- Idosos;
- Crianças;
- Gestantes e lactantes;
- Pessoas com doenças como diabetes, hipertensão, câncer e distúrbios alimentares.
Jejum intermitente: médico endocrinologista deve ser consultado
Se você optar por tentar fazer o jejum intermitente, o primeiro passo é procurar um especialista. Como já dito, o médico de jejum intermitente é o endocrinologista. O médico de jejum intermitente vai desenvolver o plano de jejum intermitente ideal para cada pessoa, considerando a individualidade do paciente e qual o melhor tipo de jejum intermitente a ser adotado.
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Fontes: